No início da pandemia, houve uma forte queda nos mercados financeiros globais. Os fundos de investimento experimentaram resgates significativos, à medida que os investidores buscavam liquidez e segurança.

No entanto, com as medidas de estímulo econômico e monetário implementadas por governos e bancos centrais ao redor do mundo, os mercados começaram a se recuperar rapidamente a partir do segundo trimestre.

Muitos fundos enfrentaram resgates significativos no início da pandemia, mas também se beneficiaram da recuperação do mercado. Fundos de ações, especialmente aqueles focados em tecnologia e saúde, lideraram.

Esse cenário também acelerou a digitalização no setor de fundos de investimento. Adoção de plataformas online, consultoria digital e ferramentas de análise avançada se tornaram comuns, facilitando o acesso e a gestão dos investimentos.

Após a turbulência de 2020, os mercados financeiros continuaram a se recuperar em 2021. Os estímulos econômicos e as campanhas de vacinação em massa ajudaram a estabilizar a economia global, beneficiando os fundos de investimento.

Os fundos de ações tiveram um desempenho robusto, impulsionados pela recuperação econômica, lucros corporativos crescentes e a persistência de taxas de juros baixas.

A indústria teve captação líquida de R$369 bilhões, maior valor da série histórica da Anbima. O patrimônio líquido da indústria atingiu R$6,9 trilhões em dezembro, avanço de 12,7% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

O crescimento das criptomoedas chamou a atenção dos reguladores, que começaram a desenvolver frameworks para regular esses ativos e proteger os investidores de fraudes e riscos excessivos.

Com uma possível recessão mundial e a guerra entre Rússia e Ucrânia, muitos investidores repensaram as suas carteiras e tornaram-se mais cautelosos.

Em 2022, a indústria de fundos de investimento no Brasil passou por um período desafiador, com a saída líquida de R$162,9 bilhões, conforme dados da Anbima.

Os fundos de renda fixa foram um dos destaques tanto em relação à captação quanto de performance ao longo do ano. O principal fator que levou a esse cenário foi o movimento de alta de juros que elevou a taxa Selic a 13,75%.

Somado a isso, há um evento de grande importância no ano de 2022: a resolução 175 da CVM, que veio definir as regras para funcionamento dos fundos de investimento no Brasil de forma ampla.

Essa norma abordou vários temas cruciais, incluindo o funcionamento dos fundos de investimento, novas ferramentas de gestão de liquidez, definição de limites para alavancagem e um novo regime de transparência para a remuneração dos prestadores de serviço.

Em 2023, o mercado de renda variável enfrentou desafios significativos, refletindo diretamente nos fundos de investimento, que experimentaram uma saída líquida de R$127,9 bilhões ao longo do ano. Este foi o segundo ano consecutivo com mais resgates do que aportes acumulados anualmente.

Apesar dessa tendência inicial preocupante, houve uma desaceleração notável no movimento de saída no segundo semestre, resultando em um saldo negativo de apenas R$5,6 bilhões, comparado aos expressivos R$122,3 bilhões registrados na primeira metade do ano.

Mesmo diante dos desafios, destacaram-se os fundos mais arriscados em 2023. Os Fundos de Ações Internacionais (hedgeados) foram os mais notáveis, apresentando ganhos de 23,94% ao longo do ano.

Em seguida, os fundos de ações Long Only e Long Biased também registraram desempenhos positivos, consolidando-se como alguns dos melhores resultados recentes do mercado.

Nesse ano, também, o número de brasileiros que investem em fundos de investimento imobiliários (FIIs) já ultrapassou a marca de 1% da população, segundo dados do Boletim Mensal de Fundos Imobiliários da B3.

Fevereiro

Em fevereiro, registraram uma captação líquida de R$34,2 bilhões, totalizando R$85 bilhões no ano. A classe de Renda Fixa se destacou com R$42,7 bilhões, seguida por FIPE (R$4,2 milhões) e Previdência (R$3,2 bilhões), ambos com resultados positivos.

Março

Em março, a captação líquida foi de R$9,3 bilhões, elevando o volume anual para R$105 bilhões. Mais uma vez, a Renda Fixa liderou com R$17,3 bilhões, acumulando R$131,7 bilhões no ano, seguida por Previdência (R$5,2 bilhões) e FIP (R$1,4 bilhões).

Abril

Abril registrou uma captação líquida de R$40,1 bilhões, alcançando R$150,8 bilhões no ano. O destaque foi o FIDC, com R$33,8 bilhões, impulsionado por um único fundo. A classe de Renda Fixa contribuiu com R$17,0 bilhões no mês e acumulou R$151,3 bilhões no ano, o melhor resultado entre as classes.

Maio

Em maio, porém, houve uma captação líquida negativa de R$8,8 bilhões, com um volume total de R$151,9 bilhões no ano. A renda fixa teve a melhor performance, captando R$16,3 bilhões no mês e acumulando R$171,6 bilhões no ano. As classes de Previdência e FIP também apresentaram captações positivas, totalizando R$786,4 milhões e R$702,3 milhões, respectivamente.

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