Panorama: o papel da cloud nas instituições bancárias brasileiras

Como elas usam a cloud e quais são as expectativas para o futuro?

O uso de cloud computing por instituições bancárias no Brasil tem crescido rapidamente.

Nos últimos anos, os bancos têm migrado suas operações para a nuvem para aumentar a eficiência, reduzir custos e melhorar a segurança.

E em 2024, essa migração cloud, seja pública ou privada, em algum nível, já chegou a 100% dos bancos entrevistados pela Pesquisa da Febraban de 2024.

As principais aplicações incluem o armazenamento de dados, análise de grandes volumes de informações, e a implementação de sistemas de inteligência artificial.

Tudo isso garante uma maior agilidade na oferta de serviços digitais, como aplicativos bancários e atendimento ao cliente.

Além disso, a nuvem facilita a conformidade com regulamentos, melhora a escalabilidade das operações e apoia a inovação contínua.

E a expectativa é que o uso de cloud nas instituições bancárias continue a crescer significativamente.

Como as instituições bancárias usam cloud no Brasil?

Tipo de modelo

A cloud híbrida é o principal modelo adotado por 58% dos bancos, segundo também a Pesquisa da Febraban de 2024. Ou seja, as instituições mesclam a privada com a pública.

A cloud privada fica em segundo lugar, com 29% das instituições optando por essa estrutura. As instituições enxergam, no modelo privado, benefícios exclusivos, como o controle total sobre seus recursos, privacidade e compliance customizados.

E a nuvem pública fica em terceiro lugar, com 13%.

Investimentos em cloud

A adoção da nuvem está em pleno crescimento, com a maioria dos domínios de negócios planejando migrar para a nuvem ainda em 2024, especialmente para processamento de dados.

Aproximadamente 80% dos bancos planejam aumentar seus investimentos, seja em maior ou menor escala, enquanto apenas 17% pretendem manter o nível de investimento do ano passado.

É um número que transmite forte e crescente confiança na nuvem, a evidenciando como uma ferramenta essencial para a inovação e a eficiência operacional.

Aplicações migradas

As aplicações que mais migraram para a nuvem são o Open Finance e o mobile banking: 76% e 32%, respectivamente, foram migrados até 2023.

Enquanto isso, core bancário ou aplicações de crédito tem uma baixa expectativa de migração para a nuvem em 2024, abrindo margem para a oportunidade nessa área.

Por que as instituições bancárias adotam cloud?

As instituições bancárias adotam cloud por diversas razões. Entre elas, estão a escalabilidade, agilidade, integração, colaboração e redução de custos.

De acordo com as instituições entrevistadas da Pesquisa da Febraban, os 10 ganhos para as empresas que adotaram cloud foram:

1.



Escalabilidade

A cloud permite ajustar rapidamente a capacidade de recursos conforme a demanda, garantindo eficiência e economia.

2.



Eficiência operacional

A migração para a nuvem otimiza processos e aumenta a produtividade ao automatizar tarefas repetitivas.

3.



Flexibilidade no armazenamento e poder de processamento

Os bancos podem aumentar ou diminuir o armazenamento e poder de processamento de acordo com suas necessidades.

4.

Agilidade em fazer mudanças

A nuvem facilita a implementação rápida de novos serviços e adaptações às demandas do mercado.

5.

Acesso facilitado a inovações

A cloud proporciona acesso contínuo a tecnologias de ponta e ferramentas inovadoras.

6.

Manutenção mais simples

A gestão e manutenção dos sistemas são simplificadas graças à automação e centralização na nuvem

7.

Integração e colaboração entre ferramentas e sistemas

A nuvem melhora a conectividade e facilita a colaboração entre diferentes sistemas e equipes

8.

Atualizações automáticas

Os sistemas na nuvem são atualizados automaticamente, garantindo segurança e funcionalidades sempre atuais.

9.

Backups automáticos e recuperação de desastres:

A cloud assegura a proteção dos dados com backups regulares e eficientes planos de recuperação.

10.



Redução de custos

A migração para a nuvem reduz gastos iniciais com infraestrutura e diminui despesas operacionais contínuas.